Quinta-feira santa

A Quinta-feira Santa, ou Quinta-feira da Ceia do Senhor, marca o início do tríduo pascal.

É o dia da última ceia de Jesus Cristo, antes da sua morte. Nesta ceia de despedida, Cristo deu uma grande lição de humildade e serviço aos seus apóstolos, lavando-lhes os pés e fazendo-os mediadores da sua missão.

Neste dia comemora-se a instituição da Eucaristia e do sacramento da Ordem, pois foi na última ceia que Jesus fez dos seus discípulos participantes do Seu mesmo Sacerdócio, ordenando-lhes que à Sua semelhança e por Sua autoridade realizassem esta ceia até ao Seu regresso. É isto que vivemos a cada domingo, conforme as suas indicações: "Fazei isto em minha memória.

A liturgia da Quinta-feira Santa

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  • Tocam-se os sinos durante o Glória;
  • Depois da homilia faz-se a cerimónia do Lava-pés;
  • Não se diz o Credo;
  • No final da missa, faz-se a transladação do Santíssimo Sacramento;
  • Não há bênção final;
  • Desnuda-se o altar e tiram-se ou cobrem-se as cruzes da igreja.

Além do habitual, para esta missa é necessário:

  • Para a cerimónia do lava-pés:
    • Uma ou mais bacias com água
      • Como alternativa, uma ou mais bacias vazias e jarros com água
    • Uma ou mais toalhas (para enxugar os pés aos “apóstolos”)
    • Os lavabos “completos” (jarro, bacia, sabonete, limão e toalha), para lavar as mãos ao sacerdote após a cerimónia
  • Para a transladação do Santíssimo Sacramento:
    • Véu de ombros

A cor litúrgica deste dia é o branco.

Durante o Glória tocam-se os sinos, que não voltarão a tocar-se até à Vigília Pascal.

Depois da homilia faz-se a cerimónia do Lava-pés. De entre os fiéis escolhem-se 12 (doze) pessoas, simbolizando os apóstolos, que neste momento irão para os assentos reservados ou colocados em local conveniente. O sacerdote (depois de tirar a casula, se necessário) aproxima-se de cada um deles, deita-lhes água nos pés e enxuga-os, com a ajuda dos ministros (incluindo acólitos).

A missa procede com a oração universal. Não se diz o Credo.

Terminada a distribuição da comunhão, fica no altar a píxide com as hóstias para o dia seguinte. A missa termina com a oração depois da comunhão.

Se houver turíbulo…

Depois da oração o sacerdote, de pé, diante do altar, põe incenso no turíbulo e, de joelhos, incensa o Santíssimo Sacramento.

De seguida, coloca o véu de ombros e pega na píxide.

O Santíssimo Sacramento segue em procissão para o lugar onde ficará, normalmente a capela do Santíssimo. Desta procissão fazem parte o incenso, a cruz e as velas. Chegando ao lugar da reserva, o sacerdote coloca a píxide no lugar.

Se houver turíbulo…

De seguida, o sacerdote põe incenso no turíbulo e, de joelhos, incensa o Santíssimo Sacramento.

Fecha-se o sacrário ou a urna da reserva. Depois de algum tempo de oração silenciosa, os sacerdotes e ministros regressam à sacristia.

Por fim, desnuda-se o altar e retiram-se (ou cobrem-se) as cruzes da igreja.

Não há bênção final, pois a celebração é “uma só” com as restantes do tríduo pascal.

Mais sobre este dia

  • Segundo uma tradição muito antiga da igreja, são proibidas neste dia todas as missas sem participação dos fiéis.
  • É na manhã deste dia que se celebra a Missa Crismal, presidida pelo Bispo, onde são abençoados os santos óleos para que todas as paróquias usem até à Páscoa seguinte.
  • Como na Sexta-feira Santa não se celebra a Eucaristia, na Quinta-feira Santa consagra-se as hóstias necessárias para a comunhão de Sexta.
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