O que é ser acólito?

Quando te convidaram para ser acólito, ou quando te falaram sobre ser acólito, provavelmente disseram que o teu trabalho seria ajudar o padre. Mas ser acólito é muito mais que isso.

A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. O acólito é então aquele que, na celebração da liturgia, precede, vai ao lado, ou segue outras pessoas, para as servir e ajudar.

Mas quem é que o acólito acompanha e serve? Primeiro, acompanha e serve o presidente da celebração da Missa, seja ele o bispo ou presbítero. Acompanha e serve também o diácono, o ministro extraordinário da comunhão ou outras pessoas que precisem ser ajudadas durante a celebração.

No fundo, o acólito está a acompanhar e servir o próprio Jesus. Cada acólito tem de ir descobrindo isto com o tempo e com a sua caminhada, senão corre o risco de se cansar de ser acólito.

É da responsabilidade do acólito garantir que as celebrações sejam dignamente celebradas, seguindo o seu ritual próprio e todos os seus preceitos.

O serviço do acólito não é um serviço como outro qualquer. Quem é acólito desempenha funções mais próximas de Jesus, junto da palavra e da Eucaristia que Ele nos deixou.

Ninguém pode ser acólito por estatuto, mas sim por vocação. Tu foste chamado para o serviço do altar, e isso é uma vocação maravilhosa. Porém, sendo a vocação um chamamento de Deus, precisa ultimamente de uma resposta de quem é chamado.

O acólito deve ser inteligente (pois sabe bem o que tem a fazer), motivado (pois é crente e gosta do que faz) e capaz (pois sabe fazer bem o que tem de fazer).

Ser acólito é servir com delicadeza, prontidão e alegria.

Resumindo, ser acólito é servir como aquele que serviu como ninguém: Jesus Cristo. Ele terá de ser o nosso modelo e, por isso, o acólito deve conhecer muito bem a sua vida (narrada nos Evangelhos) e imitá-lo, isto é, tentar ser como Ele foi: amar como Jesus amou, pensar como Jesus pensou, falar como Jesus falou, viver como Jesus viveu, sentir como Jesus sentia.

Acólito sempre

Acólito não é algo que se é apenas dentro da igreja e durante a missa. Tal como com qualquer cristão, a tua vida fora da igreja deve espelhar a tua fé e esta tua vocação. Lembra-te sempre que dás mais testemunho com os teus atos que com as tuas palavras.

Acólitos instituídos e não instituídos

Os acólitos podem ser instituídos ou não instituídos.

Os acólitos instituídos são os que o bispo de uma diocese chamou e fez acólitos. Estes acólitos podem ser chamados a fazer o seu serviço em qualquer paróquia da diocese, desde que convidados pelo pároco, pois foram chamados pelo bispo.

Podem ser acólitos instituídos rapazes que se preparem muito tempo, como é o caso dos seminaristas, a quem é mais comum fazer esta instituição, embora também possam ser chamados outros rapazes ou homens que não o sejam.

O acólito instituído, ao contrário de um não instituído, pode também distribuir a Eucaristia como ministro extraordinário e purificar os vasos sagrados.

Os acólitos não instituídos são muito mais que os instituídos, e podem ser rapazes ou raparigas. São convidados pelo pároco, e não pelo bispo, e devem ser preparados depois deste convite, por um catequista, por um acólito com mais tempo de serviço, por um acólito instituído ou pelo próprio pároco.

Os ministérios da liturgia

A missa não é só do presidente, mas sim de todos os fiéis. Por isso, embora o presidente possa fazer tudo na celebração, existem os vários ministros litúrgicos, cada qual com as suas tarefas conforme os seus dons. Numa assembleia bem constituída, devem haver tantos ministros quantos precisos, mas não mais do que esses.

Três ministros litúrgicos recebem a ordenação: o bispo, o presbítero e o diácono.

Dois podem ser instituídos ou não: o acólito e o leitor.

Um é nomeado: o ministro extraordinário da comunhão.

Os outros são escolhidos e chamados pelo pároco:

  • O salmista;
  • Os cantores do grupo coral;
    • O organista;
    • O mestre do coro;
  • O sacristão;
  • Etc…
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